O grupo extremista Estado Islâmico (EI) perdeu 22% do território que ocupava na Síria e no Iraque nos últimos 14 meses, informou nesta quarta-feira (16/03) a emissora britânica BBC.
O canal afirma que um estudo feito pela IHS – empresa especializada em informações a corporações e governos sobre diversas áreas, como defesa, segurança, comércio e energia – também calcula que o EI perdeu 40% de faturamento, já que não pode vender petróleo por não controlar grande parte da região fronteiriça entre Turquia e Síria.
Reprodução Youtube
Militantes do Estado Islâmico em imagem retirada de vídeo do grupo divulgado em março de 2014
Fontes dos serviços de segurança indicaram à BBC que também diminuiu o fluxo de jihadistas procedentes do Reino Unido com destino à Síria para se unirem ao grupo terrorista.
Os especialistas afirmaram que a perda de território na Síria, junto com a captura ou morte de importantes líderes do EI, debilitou a mensagem propagandística do grupo.
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Apesar de tudo, simpatizantes dos terroristas islâmicos ainda viajam à Síria, mas em menor número, acrescentou a emissora.
Até agora, calcula-se que mais de 800 pessoas viajaram do Reino Unido para se juntar à causa dos radicais islâmicos na Síria, imersa em uma guerra civil desde 2011.
Do total, estudos apontam que 100 pessoas morreram e cerca de 350 retornaram ao Reino Unido, de acordo com os dados da IHS. O responsável pelo setor de conflito da empresa, Columb Strack, indicou que a perda de controle na fronteira turco-síria dificulta o grupo na tarefa de arrecadar fundos devido à perda da venda de petróleo no mercado negro.
Esta informação é revelada após a Rússia informar sobre a retirada de grande parte de suas tropas mobilizadas na Síria. O presidente russo, Vladimir Putin, ordenou a retirada na segunda-feira ao considerar que as tropas de seu país já cumpriram sua missão após seis meses de operação aérea.