Efe
Execução de civis, incluindo mulheres e crianças, por solado dos EUA aumentou tensão contra a ocupação da Otan no país
O governo dos Estados Unidos retirou às pressas do Afeganistão o soldado acusado de ser o autor do massacre que culminou com a morte de 16 civis em uma vila próxima a cidade de Kandahar, no sul do país. A transferência do suspeito foi confirmada pelo comando da missão da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) nesta quarta-feira (14/03).
De acordo com as agências Reuters e AP, a decisão teria sido tomada pelo Pentágono seguindo uma “orientação legal”. O suspeito, que seria um sargento de 38 anos treinado como atirador de elite, foi levado em um avião militar para a base norte-americana no Kuwait.
O massacre ocorrido no último domingo, quando o soldado deixou seu posto e se dirigiu ao vilarejo onde executou nove crianças, três mulheres e quatro homens, é o segundo grande escândalo envolvendo as forças de ocupação dos EUA no Afeganistão desde o início deste ano. Em fevereiro, a descoberta de que soldados norte-americanos na base de Bagram teriam queimado dezenas de exemplares do Corão gerou uma onda de revolta e violência no país.
Também nesta quarta-feira, um carro explodiu a poucos metros do local onde pousaria o secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta, que chegou ao país para apaziguar os ânimos com as autoridades afegãs. Panetta disse que o acusado pode ser condenado à morte se ficar comprovada sua culpa no massacre.
Efe
Massacre gerou protestos ao redor do mundo, como em Londres
O presidente Barack Obama, que pediu desculpas em nome dos EUA pelo ataque, disse ontem que determinou uma investigação profunda sobre o incidente e afirmou que o fato “não representa as Forças Armadas dos Estados Unidos”.
Militantes ligados ao movimento talibã ameaçaram decaptar soldados norte-americanos como vingança pelo massacre dos civis.
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