Os Estados Unidos divulgaram nesta sexta-feira (06/09) um comunicado conjunto com onze países que se dizem favoráveis a uma ação na Síria. O documento foi divulgado pela Casa Branca ao fim da reunião do G20, em São Petersburgo, na Rússia. O texto não chega a especificar a natureza da ação. Sem utilizar-se da palavra “militar”, ele refere-se apenas ao termo “resposta internacional forte”.
Agência Efe
Foto oficial dos chefes de Estado que participaram da Cúpula do G20
A lista inclui, além dos próprios EUA: Arábia Saudita (principal fornecedora de petróleo dos norte-americanos e rival da Síria na região), Austrália, Canadá., Coreia do Sul, Espanha, França, Itália, Japão, Reino Unido e Turquia (ex-aliada do governo de Damasco e que defende intervenção até se não for provado o uso de armas químicas). Todos os assinantes participam do G20.
“Pedimos uma resposta internacional forte a esta grave violação das normas mundiais e a ciência de que isso enviará uma mensagem clara de que este tipo de atrocidade não pode jamais se repetir. Aqueles que cometeram estes crimes devem ser responsabilizados”.
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Os 11 países que assinaram o documento consideram que “as evidências claramente apontam o governo sírio como responsável” por um massacre ocorrido em 21 de agosto, que resultou na morte de 1.429 pessoas em Ghouta, nos arredores de Damasco. O texto também destaca o apoio dos assinantes “aos esforços dos EUA e outros países para assegurar a proibição do uso de armas químicas”.
O Brasil, assim como a Rússia e a China, não está entre os países que assinaram o documento. Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira (6), em São Petersburgo, na Rússia, que o Brasil se opõe a uma intervenção militar na Síria sem a aprovação da ONU.
O documento pede ainda que a equipe de investigadores da ONU, que inspecionaram o local do ataque, apresentem “seus resultados o quanto antes”. Condenando as violações aos direitos humanos, os países pedem uma ação do Conselho de Segurança da ONU.
Segundo o presidente americano, Barack Obama, a ação na Síria impediria o regime do presidente Bashar al Assad de voltar a usar armas químicas contra a população. “Nós não fabricaríamos mortes de 400 crianças para usar de desculpa para intervir na Síria”, disse Obama.