Os Estados Unidos afirmaram nesta sexta-feira (31/01) que pretendem entregar “nas próximas semanas” o esboço de acordo de paz entre israelenses e palestinos para, então, tentar concluir uma negociação definitiva até o fim do ano. A informação é da agência Reuters.
De acordo com o enviado dos EUA, Martin Indyk, a proposta de acordo deve abranger praticamente todos os pontos sensíveis do conflito, incluindo fronteiras, segurança, assentamentos judaicos em território palestino e refugiados. No entanto, deve ficar de fora, diz a Reuters, o status futuro de Jerusalém.
Agência Efe
Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, faz a intermediação das negociações entre Israel e Palestina
No entanto, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, já avisou que o país não sairá de assentamentos considerados “importantes para o povo judeu”. “Não vamos conceder lugares que outros concederam no passado”, afirmou a deputados do Knesset no começo de janeiro, citando especificamente Hebron e Beit El – que estão fora dos grandes blocos de assentamentos.
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Netanyahu disse também não desejar um estado binacional e que, no momento, “não há solução” para o caso dos assentamentos.
“A razão pela qual estamos tentando chegar a um acordo não é porque estamos negando nossa história, mas porque há dois milhões de palestinos e a pergunta é o que vamos fazer com eles. Há o problema de que os palestinos estão lá, e eu não tenho intenção de removê-los. É impraticável e inapropriado. Eu não quero um estado binacional e eu não os quero como cidadãos [de Israel] ou vítimas. Por outro lado, não quero outro estado iraniano ou outro estado da Al-Qaeda. No momento, não temos solução”, disse.
Desde o início do atual processo de negociação entre israelenses e palestinos impulsionado pelos EUA, Israel abriu concorrência pública para a construção de 5.349 casas em assentamentos judaicos, 2.258 na Cisjordânia e 3.019 em Jerusalém Oriental.
Israel e Palestina concordaram em retomar as negociações de paz, intermediadas pelos EUA, em julho de 2013, após uma série de viagens do secretário de Estado norte-americano, John Kerry, à região.