Os Estados Unidos ordenaram neste domingo (09/04) que um porta-aviões e os navios militares que o acompanham se posicionem na costa da península coreana.
“O Comando Norte-Americano do Pacífico ordenou que o grupo de ataque Carl Vinson se encaminhe para o norte como uma medida prudente para manter prontidão e presença no Pacífico ocidental”, declarou o comandante Dave Benham, porta-voz do Comando do Pacífico, à agência de notícias AFP.
“A ameaça número um na região continua sendo a Coreia do Norte, devido ao seu imprudente, irresponsável e desestabilizador programa de testes de mísseis e a busca pela capacidade de [produzir] armas nucleares”, acrescentou Benham.
O porta-aviões Carl Vinson está em águas orientais desde fevereiro, onde junto com a frota de destroyers Aegis participou de atividades de rotina e treinamento marítimo nas águas do mar das Filipinas, segundo um comunicado emitido pela Marinha em 18 de fevereiro. Agora, ele deve fazer um abastecimento em Cingapura e seguir em direção às Coreias.
Agência Efe
Porta-aviões Carl Vinson e navios militares dos EUA durante exercício com Marinha do Japão no mar das Filipinas em março
O movimento ocorre no momento em que o governo norte-coreano, liderado por Kim Jong-un, intensificou seus testes com mísseis e anunciou estar reforçando seus armamentos nucleares.
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No sábado (08/04), Pyongyang condenou o ataque dos EUA contra a Síria realizado na sexta-feira (07/04) e qualificou a ação como “um ato de agressão imperdoável contra um Estado soberano” que “justificava” a decisão do país de reforçar seu poder militar para defender dos norte-americanos.
“A realidade de hoje prova que nossa decisão de fortalecer nosso poder militar para nos proteger com força contra força foi a decisão correta”, segundo afirmou um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte citado pela agência estatal de notícias KCNA.
Desde que Donald Trump assumiu o governo dos EUA, a tensão entre as duas nações aumentou. O secretário de Estado, Rex Tillerson, chegou a dizer que se os norte-coreanos não parassem com os testes, a “opção militar” seria debatida.
Em entrevista no fim da noite de sábado à emissora ABC, no entanto, Tillerson afirmou que o governo Trump não quer fazer “uma mudança de regime” na Coreia do Norte. Segundo o secretário, os EUA querem a “desnuclearização” da península coreana, mas “sem o objetivo de mudar de regime”. Ele disse também “não ter consciência sobre um plano” para matar Kim Jong-un.
*Com ANSA