Nigel Farage, um dos líderes da campanha pela saída do Reino Unido da União Europeia (chamada de “Brexit”), participou de um comício do candidato à Presidência dos EUA pelo Partido Republicano, Donald Trump, nesta quinta-feira (25/08), na cidade de Jackson, no Mississipi.
Introduzido por Trump como o homem que enfrentou a União Europeia “contra todas as adversidades”, Farage, ex-líder do partido de extrema-direita Ukip (Partido da Independência do Reino Unido), comparou a campanha do empresário ao “Brexit”.
Reprodução/Facebook Donald J. Trump
Nigel Farage, do Partido de Independência do Reino Unido e um dos líderes do “Brexit”, participou de comício de Trump
“Vocês têm a oportunidade com essa campanha de vencer as pesquisas, vencer os comentários, vencer Washington. E farão isso fazendo o que nós fizemos pela 'Brexit' e pelo Reino Unido: nós tivemos nosso próprio Exército de cidadãos comuns que saíram e entregaram panfletos, (…) que convenceram e inspiraram as pessoas a votarem pela mudança (saída da União Europeia)”, disse Farage, sugerindo que os eleitores do empresário se empenhassem mais em sua campanha.
Para ele, uma vitória de Trump resultaria em uma “independência norte-americana”.
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Farage havia comparecido à convenção republicana em Cleveland no mês passado, mas disse na ocasião o que “não cairia na armadilha” de pessoalmente apoiar Trump porque não queria repetir a atitude do presidente norte-americano, Barack Obama. Para ele, o mandarário se “intrometeu” em assuntos britânicos ao pedir que os cidadãos do país europeu votassem pela permanência no bloco durante o plebiscito que aconteceu em junho deste ano.
Assim, apesar de sua participação no comício, o líder do Ukip não pediu diretamente votos para Trump, mas disse que, se fosse norte-americano, não votaria em Hillary Clinton, candidata pelo Partido Democrata, “nem que fosse pago”.
“Eu não posso dizer a vocês em quem devem votar nestas eleições, mas direi o seguinte: se eu fosse um cidadão norte-americano eu não votaria em Hillary Clinton nem que vocês me pagassem. Na verdade, eu não votaria em Hillary Clinton nem que ela me pagasse”, afirmou.