Efe
Presidentes de EUA, Barack Obama, e Coreia do Sul, Park Geun-hye, em coletiva de imprensa
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta terça-feira (07/05) que seu país está “totalmente preparado” para se defender das ameaças da Coreia do Norte e apoiar aliados como a Coreia do Sul. O regime de Kim Il-sung, por outro lado, exige o fim de exercícios militares navais que as outras potências conduzem.
“Estados Unidos e Coreia do Sul estão mais unidos do que nunca”, disse Obama, acrescentando que as tentativas da Coreia do Norte de fragilizar essa aliança “fracassaram”. Segundo o líder americano, que pediu que a Coreia do Norte siga o exemplo de nações que empreenderam reformas democráticas, esse país “está cada vez mais isolado”.
Obama fez esta declaração em entrevista coletiva conjunta com a chefe de governo da Coreia do Sul, Park Geun-hye, depois de se reunir com ela na Casa Branca. O enfoque dos EUA sobre Coreia do Norte é partilhado com Seul, ressaltou Obama, acrescentando que ambos os países estão “abertos” ao diálogo se a Coreia do Norte optar por “um caminho pacífico rumo à desnuclearização” – mas o regime comunista ainda não teria “mostrado indicações de que estão preparados para mover a outra direção”.
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Por outro lado, a Coreia do Norte alertou nesta terça-feira que iria “se vingar irremediavelmente” por qualquer rompimento de sua soberania nacional durante os exercícios militares navais da Coreia do Sul e dos EUA no Mar Amarelo, iniciados nesta segunda-feira (06/05).
Em relação aos alertas dos aliados ocidentais, o vizinho do norte afirmou neste domingo (05/05) que “se Seul realmente se importa com o futuro da zona industrial de Kaesong, deveria interromper todas as políticas hostis e exercícios militares provocativos contra Pyongyang”, segundo relata o portal de notícias chinês Xinhua.
A porta-voz do ministério de Defesa sul-coreano respondeu às ameaças dizendo que “enquanto houver forças cominadas e existir o Exército da Coreia do Sul, os exercícios continuarão”. Na reunião com Obama, a presidente Park ressaltou que a Coreia do Norte “não será capaz de sobreviver” se tentar obter armas nucleares “às custas da felicidade de seu povo”.
Obama e Park emitiram uma declaração conjunta para fortalecer a relação entre os dois países em coincidência com o sexagésimo aniversário da aliança bilateral. “Os EUA seguem firmemente comprometidos com a defesa da República de Coreia, em particular mediante a dissuasão e o leque completo de capacidades militares americanas, tanto convencionais como nucleares”, destaca essa declaração, que ainda afirma que “a liberdade, amizade e prosperidade compartilhada que desfrutamos hoje descansam sobre nossos valores compartilhados de liberdade, democracia e economia de mercado”, acrescentaram.
* Com informações de Efe, BBC e Xinhua