O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, nomeou nesta quinta-feira (15/12) o advogado David Friedman como embaixador em Israel, segundo comunicado da equipe de transição de Trump.
Judeu ortodoxo, Friedman “foi um dos principais conselheiros do presidente eleito na relação EUA-Israel durante a campanha eleitoral”, disse a nota, que destaca o “relacionamento especial baseado em respeito mútuo” entre as duas nações.
O texto ainda destaca o compromisso do Trump de “reafirmar o relacionamento entre EUA e Israel e garantir que entre as nações haja uma extraordinária cooperação estratégica, tecnológica, militar e de inteligência”. Sob o mandato de Trump, que começa no dia 20 de janeiro, “a relação entre EUA e Israel será um modelo de cooperação e respeito”, conclui a nota oficial.
Friedman, que chegou a comparar judeus liberais nos Estados Unidos aos que ajudaram os nazistas durante o Holocausto e acusar o presidente Barack Obama de antissemitismo, não possui nenhuma experiência na área diplomática.
Flickr Commons/Gage Skidmore
Caso seja confirmado pelo Senado, o advogado David Friedman será o novo embaixador dos EUA em Israel
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O advogado, de 57 anos, também é um defensor da anexação da Faixa de Gaza por Israel e dos assentamentos na região, classificados por Washington como ilegítimos e um “obstáculo para a paz”.
Friedman, cuja nomeação ainda deve ser confirmada pelo Senado, disse estar “profundamente honrado pela confiança” do presidente eleito Trump para representar os Estados Unidos como embaixador em Israel. “Pretendo trabalhar incansavelmente para fortalecer o vínculo inquebrável entre nossos países e avançar na causa pela paz na região”, afirmou Friedman, que declarou ainda que espera realizar isso desde a embaixada na “eterna capital de Israel, Jerusalém”.
Atualmente, a embaixada estadunidense se encontra em Tel Aviv, mas, segundo a chefe de campanha do presidente eleito, Kellyanne Comway, a mudança da embaixada a Jerusalém é “uma das prioridades” do seu mandato. Os EUA não reconhecem Jerusalém como capital de Israel, por considerar a cidade, reivindicada também pela Palestina, dividida. O presidente Obama adiou a mudança da embaixada para Jerusalém em dezembro, alegando “interesses de segurança nacional”.