A viagem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará neste fim de semana ao Irã pode ser a última oportunidade de diálogo com a república islâmica antes da adoção de novas sanções, como disse nesta quinta-feira (13/5) um alto funcionário dos Estados Unidos.
A declaração chega no momento em que o presidente Barack Obama e a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, intensificaram os esforços para conseguir uma nova série de retaliações contra o Irã na ONU.
“Nós vemos a visita de Lula talvez como a última oportunidade de diálogo”, disse o alto funcionário do Departamento de Estado, que pediu para não ser identificado, à agência de notícias espanhola Efe.
Outra a se manifestar sobre a viagem de Lula foi a embaixadora dos EUA na ONU, Susan Rice. Segundo ela, as gestões do presidente não vão atrapalhar a negociação de novas sanções contra o Irã no Conselho de Segurança.
“Isso não impede o progresso para um acordo, de nenhuma maneira”, disse à imprensa a diplomata norte-americana, para quem a ameaça de uma quarta rodada de sanções pode, inclusive, fortalecer a posição de Lula com o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad.
Duas vias
Rice considera que os esforços de Lula estão dentro do padrão da política de duas vias adotada pelas potências do Conselho de Segurança, na qual se aposta por uma saída negociada, sem se esquecer de manter a pressão sobre o regime iraniano.
O Brasil se opõe às sanções da ONU ao Irã e propôs ser mediador no conflito ao lado da Turquia, cujo presidente, Abdullah Gül, também visitará Teerã, capital iraniana.
Lula atualmente está na Rússia e, amanhã, partirá para Doha, no Catar. O presidente deve chegar ao Irã no domingo.
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