Os ministros de Finanças e de Economia da zona do euro aprovaram nesta terça-feira (24/02) a lista de reformas enviada pelo governo da Grécia na noite de segunda (23/02), o que permitirá prorrogar por quatro meses o pacote de resgate financeiro ao país. Um dos primeiros a anunciar a decisão foi o vice-presidente da Comissão Europeia para o Euro, Valdis Dombrovoskis, noTwitter.
List of #Greece reform measures deemed sufficiently comprehensive to be a valid starting point for the successful conclusion of the review
— Valdis Dombrovskis (@VDombrovskis) 24 fevereiro 2015
“O Eurogrupo discutiu hoje a primeira lista de reformas apresentada pelas autoridades gregas, baseadas no atual sistema, que será especificada e acordada pelas instituições até o fim de abril”, comentou o bloco econômico em comunicado. As instituições europeias classificaram as medidas de Atenas como “suficientemente compreensivas para ser um ponto de partida válido para uma conclusão bem sucedida da revisão”.
Hoje, a Bolsa de Atenas chegou a subir 7,2%, o maior índice dos últimos dois meses e meio. A alavancada já era esperada por alguns investidores, caso o Eurogrupo sinalizasse positivamente para a lista de reformas. O pacote de resgate representa uma injeção de € 172 bilhões à economia grega para os próximos quatro meses.
“Nós apelamos às autoridades gregas para que desenvolvam e ampliem a lista de medidas de reforma, com base no regime atual, em estreita coordenação com as instituições, a fim de permitir uma conclusão rápida e bem sucedida da revisão”, completou o órgão.
EFE
Ministro grego de Finanças, Yanis Varoufakis, se encontrou com diversos líderes do Eurogrupo na Bélgica, na semana passada
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Na noite de ontem, o ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis, apresentou um plano com reformas internas à União Europeia e ao FMI (Fundo Monetário Internacional). A proposta do novo governo grego prevê cortes de despesas públicas, redução de ministérios de 16 para 10 e medidas contra evasão e fraude fiscal.
Além disso, o país prometeu não voltar atrás em nenhuma privatização em andamento ou já finalizada. Na primeira semana do partido de esquerda Syriza no poder, o governo anunciou que reverteria processos de privatização de empresas estratégicas.
De acordo com a agência italiana Ansa, as propostas contêm apenas duas medidas sociais: entrega de vale-refeição e fornecimento de energia e saúde para as pessoas mais necessitadas. O plano ainda inclui promessas de reformar a política tributária, revisar e controlar os gastos em “todas as áreas” de gastos do governo “para racionalizar o sistema”.
Carlos Latuff/ Opera Mundi