O ex-chanceler equatoriano Fander Falconí disse que a possível eleição do ex-ministro da Defesa da Colômbia Juan Manuel Santos para a presidência de seu país representa um “perigo crescente” para Quito.
De acordo com ele, que chefiou a diplomacia equatoriana até janeiro, Santos adota políticas que trazem “as piores lembranças” da doutrina do ex-presidente dos Estados Unidos George W. Bush, de intervenção em outros países em nome da “segurança”.
“Isto para nós implica um perigo crescente, pelas posturas que teve o ministro da Defesa”, analisou o ex-chanceler do presidente Rafael Correa em entrevista ao portal Ecuadorinmediato.
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Falconí lembrou que Santos defende “as bondades da guerra preventiva”. O ex-ministro da Defesa da Colômbia apareceu nos últimos dias como principal nome governista para a sucessão presidencial, já que Álvaro Uribe não poderá concorrer a um terceiro mandato consecutivo.
Pesquisa
Uma pesquisa divulgada ontem indica que Santos tem o apoio de 23% do eleitorado, enquanto o senador de oposição Gustavo Petro, do Pólo Democrático Alternativo (PDA), soma 11% de apoio e ocupa a segunda posição.
Santos foi apontado como um dos responsáveis pelo bombardeio promovido pela Colômbia contra um acampamento de guerrilheiros situado em território equatoriano.
A ação, realizada há dois anos, matou 26 pessoas, entre elas Raúl Reyes, então número dois na hierarquia das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). O episódio levou o presidente Rafael Correa a romper as relações bilaterais com Bogotá.
Na semana passada, o juiz equatoriano Francisco Revelo, encarregado de investigar o bombardeio, desistiu de processar Santos por envolvimento na operação militar. Segundo o magistrado, não há provas suficientes para responsabilizar o ex-ministro pelo ataque.
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