O presidente de Guatemala, Otto Pérez Molina, que tomou posse no último sábado (14/01), pediu ao Exército de seu país para colaborar com os órgãos de segurança na luta contra o narcotráfico e o crime organizado.
Durante a cerimônia que o nomeava Comandante-Geral das Forças Armadas, celebrado em um complexo militar ao norte da capital guatemalteca, Pérez Molina pediu a cada um dos militares um sacrifício para oferecer segurança à Guatemala.
Efe
Otto Pérez Molina durante cerimônia que o nomeia comandante-geral das Forças Armadas
“Hoje peço todo o empenho de vocês para cumprirem com o mandato constitucional de colaborar, coordenar e cooperar com as outras instituições de segurança com o objetivo de neutralizar o crime organizado mediante controle terrestre, aéreo e marítimo”, discursou.
O general reformado de 61 anos, cuja campanha foi focada principalmente na segurança, se comprometeu a equipar as Forças Armadas de aeronaves, veículos e lanchas rápidas, assim como melhorar suas condições salariais e trabalhistas.
Pérez Molina é o primeiro militar que volta à Presidência da Guatemala depois que as Forças Armadas entregaram o poder ao civil Vinicio Cerezo, em 14 de janeiro de 1986. Ele venceu o adversário com 9,78 pontos de diferença, deixando o advogado Manuel Baldizón em segundo lugar.
Considerado o “general da paz” por ter negociado e assinado os acordos que colocaram fim à guerra civil (1960-1996), que causou 200 mil mortos e desaparecidos, Perez foi acusado de violações dos direitos humanos durante esse conflito.
De acordo com dados oficiais, a Guatemala é classificada entre os países mais perigosos do mundo, registrando a média de 18 homicídios por dia – seis vezes mais do que a média mundial – e mais da metade dos 14 milhões de habitantes vivem na pobreza.
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