O ex-ministro Jean-Pierre Chevènement anunciou nesta quarta-feira (01/02) que retirou sua candidatura para as eleições presidenciais da França, o que pode beneficiar indiretamente o líder socialista, François Hollande.
Questionado pela emissora France Info, Chevènement não quis revelar se apoiará Hollande, assim como fez em 2007, quando também retirou sua candidatura e pediu votos para a socialista Ségolène Royal.
Em comunicado, o veterano político de 72 anos, que foi ministro durante a governo do socialista François Mitterrand (1981-1995), indicou que apesar de sair da corrida eleitoral, seguirá fazendo com que sua voz seja ouvida “para servir à República”.
Chevènement reconheceu não ter “meios para continuar a campanha”, no que parece uma alusão aos seus baixos índices de intenção de voto apontados pelas últimas pesquisas.
Em um levantamento divulgado pouco antes do anúncio, realizado pelo instituto TNS Sofres, Chevènement não obtinha nem sequer 0,5% dos votos.
Nessa pesquisa, encomendada pelo Le Nouvel Observateur e iTélé, o vencedor do primeiro turno seria Hollande, com 31,5%, seguido do atual presidente, o conservador Nicolas Sarkozy (26%), da líder de extrema direita Marine Le Pen (16%) e do político de centro François Bayrou (12%).
Chevènement se destacou nas duas últimas décadas por seus enfrentamentos, sempre com uma perspectiva esquerdista, com a posição do Partido a favor da integração socialista.
Assim, em 1992 fez campanha contra o Tratado de Maastricht e em 2004 contra a Constituição Europeia. Em ambos os casos, acusava os textos de dirigir a uma liberalização que ameaçava os direitos sociais dos trabalhadores.
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