O ex-presidente chileno Ricardo Lagos e a secretária de Trabalho dos Estados Unidos, Hilda Solis, farão parte da comissão de verificação do acordo assinado para solucionar a crise política em Honduras, e viajarão ao país na próxima terça-feira (3) para iniciar as atividades.
Segundo a OEA (Organização dos Estados Americanos), além dos dois políticos, ainda vão compor a comissão os hondurenhos Jorge Reina e Arturo Corrales, respectivamente representantes durante as negociações do presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, e do líder golpista Roberto Micheletti.
Na sexta-feira, as duas partes envolvidas no conflito assinaram um acordo pondo fim à crise no país, desde que Zelaya foi retirado à força do poder em 28 de junho. O acordo prevê a criação de um governo de reconciliação nacional e que o Congresso decida sobre a restituição do presidente ao cargo.
Um dos pontos do acordo inclui a constituição por parte da OEA de uma comissão de verificação do cumprimento do convênio, que será integrada por dois membros da comunidade internacional e dois membros da comunidade nacional.
Insulza assinalou que os dois integrantes internacionais se reunirão em Tegucigalpa na terça-feira com Reina e Corrales.
Ambos viajarão acompanhados pelo Secretário de Assuntos Políticos da OEA, Víctor Rico, e uma delegação de altos funcionários da organização.
No entanto, Reina declarou hoje (1/11) que, se o Congresso não aprovar a
restituição de Zelaya, o pacto será desfeito.
“Certamente seria quebrado se o Congresso der um passo perigoso, contrário aos interesses do povo hondurenho”, afirmou Reina, embaixador de Honduras na ONU. “Na quinta-feira tudo deve estar definido”.
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