A ativista colombiana pelos Direitos Humanos Piedad Córdoba declarou nesta segunda-feira (14/05) que aceita mediar e participar da libertação do jornalista francês Romeo Langlois, sequestrado pelas FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) no último dia 28 de abril.
Segundo a emissora Telesur, Córdoba lembrou, contudo, que até o momento não estabeleceu contato com o CICV (Comitê Internacional da Cruz Vermelha) para coordenar o procedimento de negociação. Falando a jornalistas, disse que “o único diálogo que mantém sobre esse tema é com” a imprensa.
A ex-senadora destacou que a organização da qual faz parte, Colombianas e Colombianos pela paz, “está pronta para participar do processo de libertação”, mas ainda “aguarda um pronunciamento oficial do governo” de Juan Manuel Santos.
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No último domingo (13/05), as FARC já propuseram entregar o jornalista francês à Cruz Vermelha, à Piedad Córdoba e a um representante do recém-eleito presidente da França, Francois Hollande. Só dessa forma o grupo guerrilheiro garante que conseguirá “garantir ainda mais a vida e a integridade” da vítima.
No mesmo comunicado, eles ressaltam que o caso do jornalista é “ideal para revelar o papel que desempenham os grandes meios de comunicação na ordem social imposta pelo grande capital, que antes de informar e promover o pensamento livre, tergiversa a realidade para converter em uma única verdade a versão de seus patrocinadores”.
“Uma vez livre, o jornalista Langlois poderá terminar de cumprir com o papel esperado pelo Governo da Colômbia, suas forças militares e os grandes meios”, conclui.
Langlois, de 35 anos, viajava em um helicóptero do Exército colombiano para apurar uma reportagem sobre o narcotráfico da região. Segundo veículos da imprensa colombiana, a aeronave aterrissou em um campo minado e foi atacada por grupos armados.