Atualização às 13h48
Uma explosão na mesquita xiita Khan Abad Bandar, na cidade de Kunduz, no norte do Afeganistão, deixou ao menos 50 mortos e 140 feridos nesta sexta-feira (08/10). A ação ocorreu por volta do meio-dia (4h30, em Brasília) em um dia que é considerado sagrado pelos muçulmanos. Autoria do ataque foi reivindicada pelo Estado Islâmico (EI).
Os feridos foram atendidos no Hospital Central de Kunduz e nas instalações da ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF). Conforme o Talibã, o atentado foi causado por um homem-bomba.
Mesmo antes do grupo fundamentalista EI assumir a autoria do ato, a imprensa internacional já apontava que ação teria o formato de ataques do grupo, composto por islâmicos sunitas e que tem um braço ativo no território afegão, o EI de Khorasan (Isis-K ou EI-K).
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Autoria do ataque foi reivindicada pelo grupo Estado Islâmico
No último domingo (03/10) uma outra explosão foi realizada próximo a entrada da mesquita Eid Gah, em Cabul, deixando duas pessoas mortas. Na ocasião, uma cerimônia fúnebre para a mãe do porta-voz talibã estava sendo promovida no local. O EI também assumiu a responsabilidade pelo atentado.
Desde que os talibãs retomaram o poder no Afeganistão, em 15 de agosto, o EI-K vem realizando ações pontuais para enfrentar os “rivais”. Apesar de ambos estarem na mesma vertente islâmica, sunita, cada um se considera mais “importante” e detentor dos “saberes” do que o outro.
Enquanto os talibãs tem uma visão mais nacional, de criar um “emirado islâmico” no Afeganistão apenas, os membros do EI querem fazer uma dominação ampla, expandindo seus “poderes” pelo mundo.
Além disso, o EI considera os muçulmanos xiitas como “hereges” que devem ser eliminados.
(*) Com Ansa.