As exportações do Brasil para o mundo árabe renderam 2,3 bilhões de dólares (quatro bilhões de reais) no primeiro trimestre, um aumento de quase 25% em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento compilados pela Câmara de Comércio Árabe-Brasileira.
O crescimento foi maior para as nações da região do Levante (Jordânia, Líbano, Iraque e Síria). Os embarques renderam 290 milhões de dólares (510 milhões de reais), 41,5% a mais do que nos primeiros três meses de 2009.
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A área do Golfo (Arábia Saudita, Bahrein, Catar, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Kuwait e Omã), no entanto, foi o principal destino, com importações de 1,2 bilhão de dólares (2,1 bilhões de reais), um avanço de 33,4% na mesma comparação. Para o Norte da África, as vendas brasileiras somaram 803,8 milhões de dólares (1,4 bilhão de reais), 9,1% a mais.
Recuperação econômica
“Com a manutenção do preço do petróleo, [os países árabes exportadores da commodity] acumularam mais reservas e desde fevereiro retomaram a formação de estoques”, disse o secretário-geral da Câmara Árabe, Michel Alaby.
Vale lembrar que o preço do petróleo, principal item de exportação de vários países árabes, caiu fortemente entre o final de 2008 e o início de 2009 por causa da crise financeira, voltando a crescer posteriormente.
Alaby acrescentou que, com o arrefecimento da crise, o comércio internacional começou a se recuperar e o dinheiro para o financiamento dos negócios voltou a circular. “Nós podemos até estimar que a tendência é melhorar cada vez mais”, afirmou.
As importações brasileiras de produtos árabes ficaram em 1,52 bilhão de dólares (2,1 bilhões de reais), um crescimento de 107% em relação ao período de janeiro a março do ano passado. Houve forte influência da retomada do preço do petróleo, embora ele não tenha voltado ao patamar recorde que atingiu em julho de 2008.
A corrente comercial entre o Brasil e o mundo árabe, que é soma das exportações e importações, ficou em mais de 3,8 bilhões de dólares (6,6 bilhões de reais) no primeiro trimestre, um avanço de 48,1% sobre o mesmo período do ano passado.
Alaby disse que outro fator que influenciou o comércio positivamente foram as ações de promoção realizadas pelo governo brasileiro e a Câmara Árabe, como missões empresariais e participações em feiras de negócios.
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