O FMI (Fundo Monetário Internacional) anunciou nesta quinta-feira (16/12) a aprovação de um fundo de 22,5 bilhões de euros para apoiar o programa de ajuste econômico e estabilização financeira da Irlanda.
O Serviço Ampliado do Fundo (EFF, na sigla em inglês), de 3 anos de duração, faz parte do total dos 85 bilhões de euros que formam o pacote de ajuda internacional à Irlanda.
Em comunicado, o FMI explicou que o Conselho Executivo do organismo multilateral com sede em Washington aprovou nesta quinta-feira o empréstimo anunciado semanas atrás para ajudar a Irlanda a sair de sua crise econômica.
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Com este plano excepcional, o FMI espera “respaldar a Irlanda com suficientes recursos financeiros para permitir recuperar a confiança dos mercados internacionais e renovar o crescimento e a criação de emprego”.
O diretor do FMI, Dominique Strauss-Kahn, qualificou de “ambicioso” o denominado Plano de Recuperação Nacional elaborado pelo governo de Dublin, com o qual tenta fazer frente “a uma crise sem paralelo na história da nação”.
“Trata-se de um programa focado nas debilidades do sistema bancário e que procura restaurar as possibilidades de crescimento, sem o qual não pode haver soluções duradouras para crise”, explicou Strauss-Kahn.
Imediatismo
O FMI aprovou o empréstimo por um mecanismo especial, que permite que o governo da Irlanda possa dispor de maneira imediata de 5,8 bilhões de euros dos 22,5 bilhões outorgados.
Além dos fundos do FMI, o pacote internacional de ajuda à Irlanda conta também com as remessas da União Europeia de 45 bilhões de euros e se completa com 17,5 bilhões de euros procedentes das reservas internacionais da Irlanda.
O Plano de Recuperação Nacional de Dublin, de acordo com Strauss-Kahn, “conta com um programa de políticas claras e realistas que procura restaurar a saúde do sistema bancário irlandês, pôr as finanças públicas em equilíbrio e recuperar o crescimento”.
O diretor do FMI destacou, além disso, que as “autoridades irlandesas desenharam o programa de maneira que o ajuste econômico e financeiro seja partilhado por todos os níveis da sociedade, com maior proteção para os grupos mais vulneráveis”.
O plano de ajuste fiscal irlandês, que procura estabilizar a dívida pública, prevê uma economia de 15 bilhões de euros entre 2011 e 2014, o equivalente a 9% de seu PIB.
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