Com quatro mortes, as forças de segurança do Afeganistão conseguiram acabar com um ataque iniciado pela manhã desta terça-feira (25/06) por um comando talibã contra o palácio presidencial de Cabul, segundo fontes policiais.
“Quatro insurgentes que estavam em um veículo com documentos de identidade falsos queriam entrar no palácio, mas as forças os identificaram e os mataram antes que conseguissem seu objetivo”, explicou o chefe da polícia, Ayub Salangi.
Segundo Salangi e um porta-voz da polícia, a área está neste momento sob controle e por enquanto não há informações sobre outras vítimas além dos talibãs.
Outra fonte policial tinha dito à Efe anteriormente que os talibãs provocaram uma série de explosões nas imediações do complexo presidencial, mas a natureza destas ações ainda é desconhecida.
Em comunicado, os talibãs garantiram que o seu ataque tinha como alvos o palácio presidencial, o Ministério da Defesa e o hotel Ariana, este último por ser utilizado, segundo o movimento, pela CIA, a central de inteligência norte-americana.
“Há um grande número de mártires equipados com armas pesadas e ligeiras e que causaram muitas baixas ao inimigo”, disseram os insurgentes em nota.
O ataque coincide com a visita do enviado especial dos Estados Unidos para o Afeganistão e o Paquistão, James Dobbins, e aconteceu uma semana depois da abertura de um escritório talibã no emirado do Catar para dialogar com Washington.
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A guerra afegã se encontra em um dos momentos mais sangrentos de seus quase 12 anos de duração.
No país, está em andamento o processo de retirada das tropas internacionais, que deve ser concluído em 2014 se os prazos previstos forem cumpridos.
Atentado
No sul do país, a explosão de uma bomba matou oito mulheres, duas crianças e um homem da mesma família após atingir o veículo em que viajavam nesta terça-feira na província de Kandahar.
O porta-voz do governador provincial, Javed Faiçal, disse que o ataque ocorreu nesta manhã quando a família se dirigia em uma caminhonete para o distrito de Khakrez, mas não deu detalhes sobre o local concreto da explosão.
As minas e os artefatos explosivos improvisados (IED, sigla em inglês) são, junto com os atentados suicidas, os métodos mais recorrentes dos talibãs para atacar as forças afegãs e internacionais, mas na prática causam um elevado número de vítimas civis.
Segundo relatório da ONU publicado em fevereiro, a guerra no Afeganistão causou em 2012 um total de 2.759 mortes entre os civis e 4.805 feridos.
De acordo com o relatório, a maior ameaça para os civis no Afeganistão no ano passado foram os IED, que causaram a morte de 868 civis e ferimentos a 1.663.