Um ano e meio após encerrar atividades na fábrica de São Bernardo do Campo, em São Paulo, a multinacional norte-americana Ford anunciou nesta segunda-feira (11/01) que não produzirá mais veículos no Brasil.
As fábricas de Camaçari, na Bahia, com cerca de 3 mil trabalhadores, e Taubaté, em São Paulo, com 700, fecharão as portas imediatamente. A unidade de Horizonte, no Ceará, permanecerá em atividade até o 4º trimestre de 2021.
“A Ford está presente há mais de um século na América do Sul e no Brasil e sabemos que essas são ações muito difíceis, mas necessárias, para a criação de um negócio saudável e sustentável”, disse Jim Farley, presidente e CEO da Ford.
A empresa, que já havia suspendido parte das operações no país em função da pandemia, disse que trabalhará em colaboração com os sindicatos para “minimizar os impactos do encerramento da produção”.
Ao Brasil de Fato, a assessoria de comunicação do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindmetau) disse que foi surpreendida pela notícia e convocou uma assembleia emergencial com os trabalhadores para às 17h30. Somente após essa reunião, serão divulgadas informações ou posicionamentos oficiais à imprensa.
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De acordo com a Ford, os veículos comercializados no Brasil vão passar a ser importados
Segundo o comunicado da montadora, com o encerramento dessas unidades, a Ford está mudando para um “modelo de negócios ágil e enxuto”. Apesar do fechamento das fábricas, a empresa informou que irá manter o centro de desenvolvimento na Bahia, campo de prova de testes e a sede administrativa, ambos em São Paulo.
“Estamos mudando para um modelo de negócios ágil e enxuto ao encerrar a produção no Brasil, atendendo nossos consumidores com alguns dos produtos mais empolgantes do nosso portfólio global”, completou Farley.
De acordo com a Ford, os veículos comercializados no Brasil vão passar a ser importados, principalmente das unidades de Argentina e Uruguai, além de outras regiões fora da América do Sul.
(*) Com Sputnik e Brasil de Fato.