O governo chileno deve recorrer à Lei de Segurança do Estado na região de Magalhães, no extremo sul do país, diante do bloqueio das estradas da região. Esta segunda-feira (17/01) é o quinto dia de greve contra a alta no preço do gás.
“Tendo em vista que certos dirigentes da região de Magalhães não tiveram nenhum limite para fechar ruas, estradas, portos e aeroportos, nosso Governo resolveu apresentar ações judiciais invocando a Lei de Segurança Interior do Estado”, anunciou o ministro do Interior, Rodrigo Hinzpeter, segundo a agência de notícias Efe.
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Desde que o governo anunciou o aumento de 16,8% no preço do gás natural no sul do país na semana passada, manifestantes tomaram as ruas e bloquearem as estradas para tentar reverter a decisão. Aos poucos, os protestos se tornaram uma greve geral, que paralisou cidades da região de Magalhães e também de Punta Arenas, considerada a entrada para a Antártica.
Durante os protestos, duas mulheres morreram atropeladas, segundo a Polícia chilena.
Naquela região está a Empresa Nacional de Petróleo, estatal onde se descobriu em 1945 o primeiro poço de petróleo do país. Os manifestantes pedem que o governo reveja o aumento alegando que irá refletir no preço do transporte, dos serviços básicos e também da alimentação.
Por conta das baixas temperaturas, o combustível é essencial para as atividades no extremo sul do Chile, e não aumentar os preços foi uma das promessas de campanha de Piñera, eleito em janeiro de 2010.
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