O ministro de Defesa colombiano, Juan Carlos Pinzón, afirmou neste sábado (26/11), que as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) assassinaram quatro de seus reféns no Departamento (estado) de Caquetá. São eles o sargento José Libio Martínez, há 13 em cativeiro, o tenente Elkin Hernández Rivas, sequestrado desde 1998, o coronel Édgar Yesid Duarte Valero e o intendente Álvaro Moreno.
Pinzón disse que três dos sequestrados foram mortos sem motivo aparente, inclusive com tiros recebidos pelas costas. “Há 45 dias as tropas do exército adiantavam uma operação no município de Solano em busca de uma unidade das FARC (…) Quando as tropas chegaram perto, começou o combate”, disse Pinzón. “Minutos depois, os oficiais entraram no acampamento e viram os quatro cadáveres”.
Na operação um militar ficou ferido e uma mulher foi presa, de acordo com o Ministério da Defesa. No acampamento da Frente 63 das FARC havia pelo menos 30 guerrilheiros, conforme noticiou o jornal colombiano El Tiempo.
Reféns
A morte dos reféns acontece 21 dias após o assassinato do líder das FARC, Alfonso Cano, em uma operação liderada pelo exército colombiano. Na ocasião, a ex-senadora Piedad Córdoba, que coordena a libertação de reféns das FARC por meio do grupo CCP (Colombianas e Colombianos pela Paz) e com a ajuda de organismos como a Cruz Vermelha, alertou que a morte de Cano “abortou” o diálogo com a guerrilha.
“O governo de [Juan Manuel] Santos carece de uma política verdadeira de paz e a única que busca é manter os privilégios e o lucro que obtém mediante a guerra”, disse o CCP logo após a operação que matou Cano. “O fato é que se trata de duro golpe para a paz”.
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