O governo interino de Tunísia pediu neste domingo (20/02) à Arábia Saudita a extradição do ex-presidente e ditador Zine El Abidine Ben Ali, deposto pela Revolução de Jasmin em 14 de janeiro. A informação é de um comunicado do Ministério de Relações Exteriores divulgado pela agência oficial TAP.
Além da extradição, o governo da Tunísia solicitou a Riad informações sobre o estado de saúde do ex-presidente.
Muitas pessoas concentraram-se neste domingo no centro da capital tunisiana para exigir a renúncia do governo interino, comandado pelo primeiro-ministro Mohamed Ghannouchi.
Nesta manhã, milhares de manifestantes estiveram na avenida Habib Burguiba, principal artéria da capital, e depois fizeram uma caminhada em direção à Casbah, onde fica o escritório do premiê.
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Entre os manifestantes, estavam membros da oposição e representantes da sociedade civil, que pediam a renúncia de “todos os símbolos do regime de Ben Ali”. Eles também reivindicaram a nomeação de um novo Executivo de transição, que dirija os assuntos do país até a convocação de eleições gerais.
Ghannouchi, que foi já primeiro-ministro de Ben Ali, foi confirmado em suas funções após a designação de Fouad Mebazza como presidente interino.
Esta confirmação foi rejeitada pela oposição, que pede a saída de todos os responsáveis que serviram ao regime do presidente deposto e que ainda conservam seu posto.
Os manifestantes também solicitaram a formação de um comitê nacional para proteger os valores da revolução, que será composto de 50 personalidades representando os diferentes setores da sociedade tunisiana.
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