O porta-voz do líder da Líbia, Muamar Kadafi, Moussa Ibrahim, negou nesta quinta-feira (21/04) o envolvimento de tropas fiéis ao regime nas mortes de dois jornalistas na quarta-feira (20/04) em Misrata. Segundo ele, o governo ficou “muito triste” com as confirmações das mortes. Os jornalistas britânico Tim Hetherington e o norte-americano Chris Hondros morreram durante a cobertura na cidade que hoje está dominada pelas forças leais a Kadafi.
“A responsabilidade não foi do nosso Exército. Pedimos a todos os jornalistas que não confiem nos oposicionistas e que não sigam para o lado deles. Se querem fazer reportagens, podem pedir um visto para entrar legalmente na Líbia”, disse o porta-voz.
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Tim Hetherington, colaborador britânico da revista Vanity Fair, e o norte-americano Chris Hondros, da Agência Getty, ambos de 41 anos, morreram na quarta-feira vítimas de um disparo de morteiro em Misrata.
“Ficamos muito tristes com todas as perdas de vidas humanas, mesmo do lado dos rebeldes. Estamos verdadeiramente tristes com a perda dessas duas vidas”, disse Ibrahim.
Ibrahim acrescentou que a Líbia está “em guerra” e por isso há “riscos para a segurança dos jornalistas” e o acesso às zonas de conflito “não pode ser livre e total”. Segundo ele, Misrata, que fica a 200 quilômetros de Trípoli, é “uma zona perigosa”.
Os corpos de Tim Hetherington e de Chris Hondros foram levados hoje para um navio da Organização Internacional das Migrações para serem transportados para Benghazi, onde deverão chegar hoje à noite. Nessa cidade serão entregues a representantes dos respectivos países de origem para futuro repatriamento.
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