Agência Efe
Milhares de manifestantes bloquearam entradas do governo ucraniano
Atualizada às 10h08
Milhares de manifestantes voltaram às ruas da Ucrânia nesta segunda-feira (02/12) em mais uma jornada de protestos contra a decisão do governo de renunciar à assinatura do Acordo de Associação Comercial com a UE (União Europeia). Após violentos confrontos na capital Kiev e especulações na comunidade europeia, o governo ucraniano negou que poderia decretar estado de exceção para contornar a crise com a oposição.
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“As autoridades não pensam em decretar o estado de exceção no país”, afirmou o porta-voz do Gabinete dos Ministros, Vitali Lukianenko, em entrevista à imprensa europeia.
No início da manhã de hoje (02), opositores bloquearam todos os acessos à sede do governo ucraniano. Em função disso, diversos funcionários, incluindo membros do Executivo ucraniano, não puderam chegar em seus postos de trabalho.
De acordo com o portal RT, centenas de soldados chegam de diversas regiões do país convocados pelo Exército para reprimir as manifestações. Mais de 200 pessoas foram levadas ao hospital após confrontos violentos nos últimos dias.
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A onda de manifestações começou após o presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, rejeitar o acordo comercial proposto pela UE. O mandatário afirmou ontem (01) que fará todo o possível para acelerar o processo de aproximação entre seu país e a UE, no entanto, ressaltou que a negociação deve ser feita como “parceiros igualitários”.
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“Farei tudo o que dependa de mim para acelerar o processo de aproximação da Ucrânia com a União Europeia, sem permitir para isso grandes perdas para nossa economia nem a piora das condições de vida de nossos cidadãos”, afirmou Yanukovich em mensagem à nação pela comemoração do aniversário do referendo de independência da Ucrânia da União Soviética.
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“Devemos nos guiar exclusivamente pelos interesses nacionais e ser responsáveis diante do futuro. Devemos situar nosso país no mapa político da Europa e do mundo, como um Estado grande e soberano”, disse. De acordo com Yanukovich, o acordo proposto pelo bloco europeu, que obrigaria o país a se adequar à legislação da UE, geraria grandes dificuldades para “as camadas mais desfavorecidas dos ucranianos”.