Os programas de vigilância que o governo dos Estados Unidos utiliza para registrar chamadas telefônicas e dados de usuários da internet evitaram mais de 50 ataques terroristas em 20 países desde os atentados de 11 de setembro de 2001. Entre eles está um plano contra a Bolsa de Valores de Nova York.
A revelação foi feita pelo diretor da NSA (Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos), general Keith Alexander. Em uma audiência diante do Comitê de Inteligência da Câmara dos Representantes, Alexander sugeriu que algumas das ferramentas desses programas poderiam ter ajudado a evitar os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.
Agência Efe
Keith Alexander diz que fim dos programas secretos causaria “prejuízo irreversível” à segurança dos EUA
Alexander prevê dar detalhes sobre estes ataques terroristas aos membros do Congresso em uma sessão a portas fechadas nesta quarta-feira (19/06).
O diretor adjunto do FBI, Sean Joyce, forneceu hoje alguns detalhes e disse que entre os ataques evitados estão um contra a Bolsa de Valores de Nova York e outro a um jornal dinamarquês.
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O suposto complô contra a bolsa nova-iorquina envolveu um “extremista” localizado no Iêmen e a outra pessoa no Kansas, que trocaram várias ligações telefônicas.
O diretor da NSA defendeu a efetividade dos programas de sua agência, que eram secretos até que Edward Snowden revelou sua existência, e afirmou que desclassificá-los totalmente causaria “um prejuízo irreversível” à segurança dos Estados Unidos e de seus aliados.
Snowden, ex-técnico da CIA e da NSA, divulgou aos jornais The Guardian e The Washington Post a existência dos programas secretos.
O subsecretário de Justiça de EUA, James Cole, defendeu hoje particularmente o programa que coleta registros de chamadas e afirmou que ele proporciona ao governo a mesma informação que aparece em uma fatura telefônica. “Não estamos escutando as chamadas de ninguém”, garantiu.
(*) com Agência Efe