Os Estados Unidos vão contribuir com cem bilhões de dólares por ano até 2020 para um fundo que ajude os países pobres a lidar com as mudanças climáticas, informou hoje (17) a secretária de Estado, Hillary Clinton, em Copenhague. Hillary também acusou as grandes economias emergentes de “dar marcha a ré” quanto à transparência de seus compromissos para lutar contra a mudança climática.
Olivier Morin/AFP
Hillary falou à imprensa no Bella Center, em Copenhague. Barack Obama desembarca hoje na capital dinamarquesa
A oferta vai de encontro à recusa norte-americana em estabelecer metas mais ambiciosas de redução das emissões de gases de efeito estufa. Diante das dificuldades para um acordo em Copenhague até amanhã (18), último dia da Conferência das Nações Unidas para as mudanças climáticas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva apostava em um aporte de dinheiro público dos EUA para um fundo global que bancaria o corte das emissões de gases-estufa e a adaptação à mudança climática.
Este montante também é considerado necessário pela Comissão Europeia para responder às necessidades de adaptação dos países em desenvolvimento aos impactos da mudança climática e a atenuação de suas emissões.
“Dentro de um acordo em que todas as principais se comprometem a ações significativas de redução de emissões de gases de efeito estufa e proporcionem toda a transparência necessária par sua colocação em andamento, os Estados Unidos estarão dispostos a contribuir com a mobilização de 100 bilhões de dólares anuais até 2020 para lutar contra a mudança climática”, afirmou.
China e EUA juntos produzem 40% dos gases causadores do efeito estufa.
Transparência
Em tom de crítica, Hillary afirmou que “em muitas ocasiões no passado, todas as principais economias se comprometeram com a transparência. Agora que estamos tentando definir o que esta transparência significa e como podemos implementá-la e observá-la, ocorre uma marcha a ré nessa transparência e isso, para nós, é algo que prejudica todo o esforço com que estamos comprometidos”, declarou.
“Se não houver um compromisso sobre a transparência, consideramos que não pode haver acordo. É preciso ter um compromisso a respeito da transparência”, acrescentou.
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