No dia 7 de maio de 1915, no início da Primeira Guerra Mundial, o transatlântico britânico Lusitânia, proveniente de Nova York, é afundado por um submarino alemão.
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No final de 1914, os europeus em guerra tinham perdido a esperança de um fim rápido do conflito. Os ingleses e os franceses esgotaram todas as possibilidades e resolveram montar um bloqueio marítimo à Alemanha e à Áustria.
Graças a sua superioridade marítima, a esquadra britânica se apropriou dos navios que se destinavam à Alemanha. Contudo, Berlim responde, proclamando a guerra submarina contra os navios mercantes inimigos, uma iniciativa do almirante Alfred von Tirpitz, criador da Kriegsmarine (Marinha de Guerra).
Para esta finalidade, dispunha de cerca de 25 submarinos, U-Boat, contra 85 britânicos e 76 franceses. Esse tipo de embarcação surgiu no começo do século XX.
Foi um submarino U20 que afundou o Lusitânia, perto da costa irlandesa. Como pretexto, os alemães alegaram que o navio transportava munição. A acusação foi negada taxativamente.
Foi necessário aguardar até 1972 para que os arquivos demonstrassem a má-fé dos ingleses. O Lusitânia transportava efetivamente munições em contrabando. Além do mais, estava armado com 12 canhões.
Entretanto, o transatlântico transportava também 1959 passageiros, dos quais 1198 desapareceram com o naufrágio. Entre eles, 128 norte-americanos.
O presidente norte-americano Woodrow Wilson usaria da tragédia para ameaçar a Alemanha e exigir reparações. Berlim se inquieta com o surgimento de um novo inimigo do poderio dos EUA e resolve suspender a guerra submarina. Tarde demais.
De neutra e isolacionista, a opinião pública dos EUA torna-se paulatinamente favorável a um engajamento militar contra as Potências Centrais. Alia-se à Entente Cordiale, composta pelo Reino Unido e pela França. O slogan largamente difundido “Remember the Lusiania” (Lembre-se da Lusiânia) era um jogo de palavras e tinha duplo sentido: o território da Lusiânia, adquirido dos franceses, e o navio Lusitânia.
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Também nesse dia:
1954 – Franceses são derrotados no Vietnã
1945 – Alemanha nazista se rende aos aliados
1994 – Famosa tela “O Grito”, de Edvard Munch, é recuperada
1824 – Beethoven apresenta sua 9ª Sinfonia em re menor – “Ode à Alegria”
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