Pelo menos 48 pessoas morreram, a maioria delas estudantes, após explosão causada por homem-bomba em uma escola secundária cidade de Potiskum, no nordeste da Nigéria. Outras 79 pessoas ficaram feridas na ação.

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Até o momento, nenhum grupo assumiu a autoria do ato. O porta-voz da polícia local Emanuel Ojukwu disse que o homem-bomba entrou no local disfarçado de estudante. “Nós suspeitamos que o Boko Haram esteja por trás do ataque”, disse.

Suicide bomber dressed in school uniform kills 48 students in Nigeria http://t.co/1SQBtlMIkU pic.twitter.com/UmtwVNwa3q

— Mashable (@mashable) 10 novembro 2014

Potiskum fica em Yobe, um dos três estados nigerianos onde continua em vigor a situação de estado de emergência decretada pelo governo da Nigéria devido à violência do grupo Boko Haram.

Mariam Ibrahim, professora na Escola de Ciência Secundária em Potiskum disse à agência Reuters que a bomba caiu quando ela chegava com os estudantes para o café da manhã, por volta das 8h locais (5h de Brasília). No momento do ataque, cerca de 2 mil estudantes estavam na escola.

Os soldados que se dirigiram até o local foram expulsos a pedrada pelos moradores da região, revoltados com o atentado e descontentes com a falta de resposta do Estado nigeriano para conter a expansão do grupo.

Outro atentado suicidada realizado na semana passada em Potiskum, capital comercial do estado de Yobe, matou 30 pessoas em ataque contra uma procissão religiosa de muçulmanos moderados.

Boko Haram

Boko Haram, cujo nome significa “educação ocidental é pecado” na língua local hausa, tem atacado escolas, sequestrado estudantes e somente neste ano, matou mais de três mil pessoas durante a campanha para criar um estado islâmico na região.

Agência Efe

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Na última terça-feira (04/11), o vice-governador do estado de Borno, Alhaji Zanna Umar Mustapha, afirmou que, com as táticas que estão sendo adotadas pelo grupo Boko Haram para controlar localidades na Nigéria, se o governo federal “não enviar reforço extra, em dois ou três meses os três estados do nordeste do país deixarão de existir”.

Com base em relatórios de inteligência, Mustapha afirmou que a queda dos estados pode ser questão de dias ou semanas. “O governo federal tem tentado dar o melhor de si, mas o melhor não é o suficiente porque, ao invés de ir atrás dos insurgentes, são os insurgentes que estão vindo atrás de nós. É um grande crime que os criminosos estejam mais bem equipados que os militares. Eles estão a apenas alguns quilômetros das capitais de Adamawa, Borno e Yobe”.

Em uma sinalização de que não aceita negociar, o líder do Boko Haram, Abubakar Shekau, negou que o grupo tenha acordado um cessar-fogo com o governo nigeriano, tal como o anunciado pelo presidente Goodluck Jonathan, e que tenha aceitado devolver as mais de 200 meninas que foram sequestradas há seis meses em uma escola católica de Chibok, no estado de Bono.