Agência Efe (23/09)
Nadejda Tolokonnikova, integrante do grupo Pussy Riot que foi hospitalizada no último domingo (29/09), interrompeu nesta terça-feira (01/10) a greve de fome que já durava oito dias. As informações são da agência de notícias France Presse.
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“A detida pôs fim à greve de fome e começou a se alimentar”, informou um comunicado do serviço carcerário.
A informação foi confirmada pelo deputado Ilia Ponomarev e o delegado do Kremlin para direitos humanos, Vladimir Loukine, que mantiveram contato com a detida.
Tolokonnikova, que havia sido transferida no domingo da prisão para o hospital, declarou-se na segunda-feira retrasada em greve de fome para protestar contra as ameaças que diz estar recebendo na prisão depois de denunciar suas condições de encarceramento.
Em carta transmitida por seu marido, a jovem de 23 anos, que tem uma filha de cinco anos, indicou que duas funcionárias do campo de trabalhos forçados para mulheres Nº 14 de Mordóvia (600 km a leste de Moscou), acompanhadas por uma prisioneira, entraram na cela onde estava incomunicável desde o início desta semana para confiscar todas as suas garrafas de água.
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“Sem água, uma pessoa morre em poucos dias quando está em greve de fome”, afirmou.
O serviço russo de aplicação de penas desmentiu as acusações.
Nadejda Tolokonnikova cumpre uma pena de dois anos por ter participado em 2012 de uma ato punk contra o presidente russo Vladimir Putin na catedral Cristo Salvador, de Moscou. Ela e as outras integrantes do grupo, Maria Alejina e Ekaterina Samutsevich pediam que a Virgem “expulsasse Putin do poder”.
As três foram condenadas a dois anos por “vandalismo” e “incitação ao ódio religioso”.
Ekaterina Samutsevich obteve a liberdade condicional em outubro de 2012, enquanto Alejina e Tolokonnikova devem ser libertadas em março.