O Irã testou com sucesso uma versão melhorada do míssil de médio alcance Sejil, o Sejil 2, com capacidade de atingir um alvo situado a 2 mil quilômetros de distância, anunciou hoje (16) a televisão estatal, que não divulgou mais detalhes.
O Sejil é um míssil de duas etapas com alcance de 2 mil quilômetros e que utiliza combustível sólido. Se trata de um dos dois mísseis de médio alcance que o Irã possui, junto com o Shahab-3, versão derivada do Nodong-1 norte-coreano com alcance de 1,8 mil quilômetros.
No fim de setembro, o general Hossein Salami, comandante da Força Aérea da Guarda Revolucionária, afirmou que o Irã produziria uma versão melhorada do Sejil, com capacidade de alcançar Israel, que fica a quase mil quilômetros da fronteira ocidental do Irã.
“O Sejil tem alcance adequado, uma potência de detruição e uma precisão suficientes e é considerado um dos sistemas balísticos mais desenvolvidos (…) É a melhor arma de que dispõem as Forças Armadas iranianas”, declarou na época.
Ontem (15) a Câmara de Representantes dos Estados Unidos aprovou um projeto de lei destinado a forçar o Irã a congelar seu programa nuclear, ao privá-lo de gasolina. O Irã obtém a maioria de suas importações de combustível das empresas suíças Vitol e Glencore; da suíço/holandesa Trafigura; da francesa Total; da British Petroleum e da indiana Reliance.
A medida permitirá ao presidente Barack Obama impedir que os EUA façam negócios com as empresas que abastecem o Irã com produtos refinados de petróleo. Deve, agora, passar pelo Senado, tendo sido aprovada na Câmara por 412 votos contra 12.
Reações
O primeiro-ministro britânico Gordon Brown, manifestou uma “profunda inquietação” com o teste.
“É um tema de profunda inquietação para a comunidade internacional e isto justifica um novo avanço para as sanções”, declarou Brown após um encontro em Copenhague com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
“Transmiti minha inquietação e ele fez o mesmo, depois do teste de um míssil realizado pelo Irã”, completou Brown ao comentar a reunião com Ban Ki-moon.
A França considerou o anúncio do teste “um sinal muito ruim para a comunidade internacional”, nas palavras do porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Bernard Valero.
O governo da Alemanha qualificou de “alarmante” o lançamento do míssil.
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