Israel começará em duas semanas a construir uma cerca na sua fronteira com o Egito para tentar barrar a entrada de imigrantes procedentes da África que cruzam os países diariamente de forma ilegal.
Ao fazer o anúncio neste domingo (14/11) em um ato público, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que a paz firmada em 1979 com o Egito “não inclui a inundação de emigrantes ilegais” que chegam da África ao Sinai, e que por isso Israel fará uma barreira de separação entre os dois países.
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A fronteira entre ambos os Estados tem cerca de 200 quilômetros de extensão, mas a cerca será instalada apenas nos locais de fácil acesso.
Segundo o primeiro-ministro israelense, a imigração ilegal “é um golpe que o Egito também sofre” e Israel tem “a obrigação e o direito de se proteger” contra esse fenômeno.
As autoridades de Imigração israelenses informaram que nos últimos meses cerca de 700 africanos passaram do lado egípcio para o israelense a cada semana, o que significa um crescimento de 300% em comparação com os números do início de 2010.
Desde janeiro um total de 10.858 imigrantes conseguiu atravessar a fronteira israelense-egípcia, contra 4.341 em 2009.
Israel, que adota uma rigorosa política migratória para as pessoas que não têm ascendência judia, concedeu 200 permissões de asilo a imigrantes em 2010, em comparação com uma única permissão em 2008 e duas em 2009.
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