O número de mortos por causa do terremoto que atingiu a região de Abruzzo, centro da Itália, subiu para 228, de acordo com a Defesa Civil italiana. Outros dois tremores de 3,6 e 4,7 graus na escala Richter foram sentidos pela manhã e um outro mais forte, de 5,6, abalou a região pela tarde. Não há registro de mortos ou feridos provocados pelos três últimos sismos.
Em entrevista coletiva em Áquila realizada pouco antes dos terremotos de hoje (7), o primeiro-ministro Silvio Berlusconi alertou que eram outros tremores poderiam acontecer. “São possíveis, por isso, há a mensagem à população para que não entre em suas casas”. Berlusconi afirmou que ainda há 15 desaparecidos e que 150 pessoas puderam ser resgatadas com vida dos escombros.
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O líder italiano falou também sobre a situação dos milhares de evacuados que na noite passada tiveram que dormir ao ar livre, diante da impossibilidade de voltar para casa, e anunciou a instalação de mais tendas de campanha para que possam ficar nas próximas horas.
Vista aérea da cidade de Onna, a 10 quilômetros de Áquila
Ajuda internacional
“Agradecemos aos países estrangeiros por sua solidariedade, mas convidamos a não enviar suas ajudas. Estamos em disposição de responder sozinhos às exigências, somos um povo valente e de bem-estar e agradeço, mas bastamos por nós mesmos”, disse o primeiro-ministro, diante das demonstrações de solidariedade da comunidade internacional.
Os governos da Rússia, Alemanha, França, Israel, Grécia e a União Européia ofereceram ajuda à Itália. Ontem (6), o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Robert Wood, anunciou
que seu país colocará à disposição do governo italiano 50 mil dólares em ajuda de emergência.
O governo italiano destinará 30 milhões de euros às vítimas do terremoto.
História em escombros
Amanhã (8), começará o inventário dos danos nos edifícios atingidos pelo terremoto em Abruzzo, construções que, segundo Berlusconi, já são dezenas de milhares.
Uma das mais belas e imponentes igrejas de Áquila, a basílica de Santa Maria di Collemaggio, do século XIII, assim como as igrejas barrocas de Santo Agostinho e do Suffragio, do século XVIII, sofreram desabamentos parciais, indicou em um comunicado o Ministério para os Bens Culturais italianos.
Cúpula destrúida da igreja de Santa Maria di Collemaggio
O campanário da igreja de São Bernardino, do século XV e cuja fachada sobreviveu a vários terremotos, desabou, indicou a mesma fonte.
O imponente castelo do século XV, construído durante a dominação espanhola, que é sede do Museu Nacional de Abruzzos, também sofreu danos materiais e teve que ser fechado.
Em Roma, as famosas Termas de Caracalla, um dos monumentos mais imponentes da Roma imperial, construídas no século III, ficaram levemente danificadas pelo terremoto.
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