Dificuldades do processo de paz marcam os momentos que antecedem as negociações entre Israelenses e Palestinos que começaram nesta segunda-feira (29/07) em Washington, nos Estados Unidos. “Sei que as negociações vão ser difíceis, mas também sei que as consequências de não tentar poderiam ser piores”, afirmou o secretário de Estado norte-americano John Kerry, que ressaltou que, se o processo de paz fosse fácil, “teria ocorrido há muito tempo”. Ele pediu empenho: “acho que os acordos razoáveis têm que ser uma pedra angular de todo este esforço.”
A incerteza a respeito dos resultados dos diálogos está presente na fala do alto funcionário da Organização para a Libertação da Palestina, Yassir Abed Rabbo. “Ainda há questões de procedimento e temas políticos que têm de ser esclarecidos pelas duas partes antes que se comecem as verdadeiras negociações no Oriente Médio”, afirmou o porta voz palestino a uma emissora de rádio local.
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No mesmo pronunciamento, Rabbo afirmou que as questões de fronteiras e segurança serão prioritárias para os palestinos nas negociações de paz. A Palestina reivindica a retomada de áreas que integravam o território nacional antes da ocupação de Israel na guerra dos seis dias, em 1967, como a Faixa de Gaza, a Cisjordânia e a adjacente Jerusalém Oriental. Israel considera Jerusalém inteira como sua capital “eterna e indivisível”.
Outra questão delicada que deve ser abordada no encontro é o destino dos refugiados palestinos da guerra de independência de Israel, em 1948, que exigem o direito de voltar às suas terras. A ministra da Justiça israelense, Tzipi Livni, responsável pelas negociações com os palestinos também comentou as negociações antes do embarque a Washington. “Sinto uma grande responsabilidade e também uma grande esperança. Agora existe uma oportunidade para ambas as partes de traçar o caminho para a resolução do conflito”, disse Livni.
As negociações de paz entre as partes, suspensas há mais de três anos, serão retomadas após Israel ter aprovado a libertação de 104 prisioneiros palestinos. Em comunicado oficial, Obama afirmou que esse é um passo promissor, mas há um trabalho duro e escolhas difíceis para ambos os lados. “Tenho esperanças de que tanto os israelenses quanto os palestinos abordarão essas negociações com boa-fé e com foco sustentado e determinação”.
* Com informações da Agência Efe