Uma pesquisa revelou que 79% dos chilenos acreditam que os donos da mina San José, em Copiapó, norte do país, são os principais responsáveis pelo acidente que provocou o bloqueio de 33 trabalhadores após um deslizamento de terra no último dia 5.
O estudo do jornal vespertino La Segunda e da Universidade do Desenvolvimento (UDD) precisou que 12% dos entrevistados creem que os maiores culpados são os funcionários do Serviço Nacional de Geologia e Mineração (Sernageomin) — entidade governamental responsável pela fiscalização de segurança nas minas.
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Na semana passada, deputados chilenos revelaram um informe datado de julho que constatou irregularidades no local, como a falta de fortificação dos tetos e de sinais alertando sobre zonas de risco, além da ausência de comitês paritários para investigar as causas de acidentes e doenças profissionais. Em 2007, um trabalhador morreu na mina San José e as atividades ficaram suspensas por um ano.
Os chilenos que responderam ao questionário também consideram que o desempenho do ministro de Mineração, Laurence Golborne, está sendo excelente, já que ele recebeu nota 6,4 em uma escala que vai até 7.
A atuação do presidente Sebastián Piñera foi qualificada com 6 pontos, enquanto que a popularidade geral do governo aumentou, com 58% dos entrevistados classificando a gestão como muito boa ou boa, contra 56% de aprovação de estudos anteriores.
A pesquisa foi realizada por telefone com 942 pessoas em todo o território do país, com uma margem de erro de 3,3%.
Por sua vez, familiares dos mineiros bloqueados há 20 dias apresentaram sua primeira acusação contra a empresa que explora a extração de cobre na mina San José e os funcionários que permitiram que o local continuasse operando, mesmo com as denúncias de falta de segurança.
O advogado Remberto Valdés explicou à CNN Chile que a acusação se refere ao crime de prevaricação contra o Sernageomin e os proprietários, a Compania Minera San Esteban Primera.
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