Um manifestante que conseguiu chegar ao teto da embaixada de Israel no Cairo retirou a bandeira israelense e içou a bandeira do Egito na representação diplomática diante da qual protestam neste domingo (21/08) cerca de mil pessoas pela morte de cinco policiais egípcios ocorrida na quinta-feira (18/08).
Veja o momento em que o rapaz troca as bandeiras na Embaixada de Israel:
A bandeira do Egito tremulava no mastro da embaixada de Israel, enquanto os manifestantes gritavam “Longa vida ao Egito”, em meio a fogos artifício. Outros pediam a expulsão do embaixador israelense. A polícia militar que faz a segurança da sede diplomática não tentou dispersar os manifestantes e indicou que o homem que conseguiu substituir a bandeira havia fugido.
Pouco antes, o governo egípcio havia considerado insuficiente o pedido de desculpas feito por Israel depois da morte de cinco policiais próximo à fronteira entre os dois países, evitando mencionar a convocação para consultas de seu embaixador em Tel Aviv.
“A declaração israelense foi positiva em sua superfície”, mas não está à altura “da magnitude do incidente e do descontentamento egípcio com as ações israelenses”, segundo um comunicado do governo divulgado pela agência oficial Mena.
A estudante universitária Angie Ahmed foi à concentração usando um véu islâmico com as cores da bandeira egípcia, algo que virou moda entre as jovens do Cairo desde a revolução popular que derrubou o regime de Hosni Mubarak em 11 de fevereiro passado.
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“Estamos aqui porque odiamos Israel”, exclamou Angie, que diz não acreditar na sinceridade do Estado judaico. “Não acreditamos neles, não queremos que façam intervenções militares em território egípcio e matem nossos soldados, que são nossa gente. Isso não é aceitável”.
Por sua vez, o coordenador especial das Nações Unidas para o processo de paz no Oriente Médio, Robert Serry, que se encontra no Cairo, se reuniu neste domingo com o Governo egípcio e com autoridades da Liga Árabe para analisar a questão.
Serry expressou sua preocupação pela morte dos soldados egípcios no incidente fronteiriço do Sinai na quinta-feira passada e transmitiu seus pêsames às famílias das vítimas. O enviado da ONU expressou sua inquietação com a escalada de violência em Gaza e no sul de Israel e pediu um retorno à “calma completa” na região.
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