A Justiça da Venezuela libertou o colombiano Guillermo Enrique Torres Cueter, conhecido como Julián Conrado. O membro das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) estava preso em Caracas e passava por um processo de extradição a pedido da Colômbia. Apelidado de “cantor das FARC”, Conrado seguirá para Cuba, onde fará parte da equipe das FARC que negocia a paz com o governo colombiano de Juan Manuel Santos.
Leia mais: 50 verdades sobre Ernesto “Che” Guevara
Reprodução
Aos 58 anos, Julián Conrado, o “cantor das FARC” foi libertado e seguirá para negociar a paz com a Colômbia
Conrado só pôde ser liberado pois a Colômbia decidiu cancelar em caráter imediato o pedido de extradição que transitava na Justiça venezuelana. “[Conrado] fará parte da delegação das FARC nos diálogos de paz em Havana, Cuba”, informou um comunicado do Escritório do Alto Comissionado para a Paz. O texto também esclarece que a Colômbia continuará com as investigações judiciais sobre a atuação do guerrilheiro.
Leia também: Castello Branco rompeu com Cuba após perder queda de braço com ministros
Diante do pedido, o Tribunal Supremo de Justiça venezuelano expediu a ordem de soltura de Conrado, e o governo de Nicolás Maduro já informou que ele foi transportado para Havana, onde está instalada a Mesa de Diálogo de Paz entre as duas partes. Conrado será o novo integrante da equipe negociadora que dialoga em busca da paz com o presidente colombiano desde novembro de 2012.
NULL
NULL
A Colômbia havia protocolado o pedido de extradição passiva de Conrado com base nas acusações de: lesões pessoais com fins terroristas, narcotráfico, recrutamento de menores e deslocamento forçado.
Leia mais: Maduro anuncia mudanças no gabinete após ministros colocarem cargos à disposição
Conrado foi detido em 31 de maio de 2011 o Estado venezuelano de Barinas. Desde então, permanecia preso preventivamente na sede do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional, na capital, Caracas. Ele tem 58 anos de idade.
Conrado ingressou na guerrilha com 29 anos. Seu apelido se deve a seus dotes musicais: tocava violão e acordeão, além de ser lembrado por ter composto a “canção guerrilheira fariana”. Há dez anos, fez parte das mesas temáticas nas negociações de paz em San Vicente de Caguán.