O mês de maio de 2013 foi o mais sangrento em mais de cinco anos no Iraque. 1.045 pessoas morreram e 2.397 ficaram feridas em atos de violência, anunciou neste sábado (01/06) a Unami (missão da ONU no país).
A alta da violência, especialmente do tipo sectário, fez com que o mês de maio superasse de maneira considerável as 712 mortes registradas no em abril, que também foi considerado violento.
Segundo a Unami, que não especificou os números da violência entre as cidades, Bagdá ocupou o primeiro lugar no número de vítimas e ataques. O enviado especial da ONU para o Iraque, o alemão Martin Kobler, expressou sua “profunda tristeza” pelo grande número de vítimas e cobrou mais esforços das autoridades iraquianas para reduzir a violência.
Nesta semana, Kobler já havia advertido as autoridades do Iraque sobre o risco da consolidação de um “futuro incerto” caso medidas urgentes não sejam adotadas para pôr fim à atual situação. Desta forma, o enviado especial da ONU pediu aos políticos iraquianos iniciarem imediatamente um diálogo para tirar o país do “beco sem saída” em que se encontra e para que os terroristas “não se aproveitem das diferenças políticas”.
O Iraque se encontra em crise política e de segurança, aguçada pelos protestos da minoria sunita contra o governo do primeiro-ministro, o xiita Nouri al Maliki, a qual considera que as províncias sunitas são discriminadas. Sob a pressão do crescente número de vítimas e das províncias sunitas que exigem uma reforma federal do Estado, Maliki anunciou no último dia 20 de maio uma profunda reforma em sua estratégia de segurança.
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