Um dia após a denúncia feita pelo programa Fantástico, da TV Globo, com base em documentos do ex-analista da CIA Edward Snowden, de que a presidente brasileira Dilma Rousseff e o presidente mexicano Enrique Peña Nieto haviam sido espionados pelos EUA, a chancelaria do México expressou “seu estranhamento enérgico” em relação ao ocorrido e exigiu a “realização de uma investigação” sobre o caso.
Leia mais:
Reforma energética ressuscita fantasma da privatização do petróleo no México
Citando nesta segunda-feira (02/09) o embaixador norte-americano no México, Anthony Wayne, a chancelaria informou que enviou uma nota diplomática ao governo dos EUA solicitando uma “investigação exaustiva” que delimite os responsáveis pelo caso.
Leia mais:
Professores cercam TVs no México em protesto contra reforma educacional
Além disso, a secretaria afirmou que não emitiu nenhum pré-julgamento sobre a veracidade da informação apresentada pela imprensa, mas disse que o governo do México “condena categoricamente qualquer atividade de espionagem sobre cidadãos mexicanos em violação do direito internacional. Esse tipo de prática é contrária à Carta das Nações Unidas e à jurisprudência da Corte Internacional de Justiça”.
Agência Efe
O presidente mexicano Enrique Peña Nieto foi espionado pelos EUA, assim como Dilma Rousseff, segundo documentos de Snowden
Informe de governo
Apesar da manifestação da chancelaria, a suposta espionagem da qual foi vítima não fez parte do informe do “estado de nação” feito hoje pelo presidente Peña Nieto, o primeiro desde o início de seu mandato, em dezembro do último ano.
NULL
NULL
Sem mencionar as denúncias, Peña Nieto defendeu sua gestão e apresentou índices de que as taxas de homicídio no país haviam baixado. Ele também comemorou a aprovação, pela Câmara dos Deputados, da lei magisterial contra a qual os professores vêm protestando há semanas.
A legislação propõe que os docentes passem por pelo menos uma avaliação a cada quatro anos para manter seus cargos, tendo três chances de passarem nas provas. Para os professores, essa proposta fere seus direitos de trabalho. A lei ainda deve passar pelo Senado para ser validada.