Os militares de Burkina Fasso anunciaram neste sábado (15/11) o restabelecimento da Constituição, que havia sido suspensa após a queda do presidente Blaise Compaoré no mês passado.
“Chega ao fim a suspensão da Constituição de 2 de junho de 1991, com o intuito de permitir o início do processo de criação de uma transição civil que estude a volta de uma constituição normal”, declarou o líder militar interino, o tenente-coronel Isaac Zida, em comunicado.
Amanhã, partidos políticos de oposição, líderes civis e militares devem assinar um acordo para compor um novo governo de transição e, em seguida, escolher um presidente interino.
Efe
Mobilização em 31 de outubro culminou na saída de Blaise Compaoré, que presidia o país há 27 anos
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No dia 31 de outubro, Compaoré foi forçado a renunciar após 27 anos no poder, por meio de uma revolta popular violenta que resultou em mais de 30 mortos e 200 feridos e que foi comparada por alguns analistas com a Primavera Árabe.
Desde então, os militares preencheram o vácuo na liderança do país. No entanto, a entrada do Exército à frente do governo provocou mais uma vez protestos em Burkina Fasso e levou a ameaças de sanções feitas pela comunidade internacional e pela União Africana.
Efe
Muros pichados em Burkina mostram insatisfação popular com Compaoré, chamado de “ditador”