O governo italiano de Mario Monti enfrenta nesta segunda-feira (12/12) seu primeiro dia de mobilizações com interrupções de três horas convocados pelos três principais sindicatos contra um plano de ajuste que não consideram equitativo.
Os sindicatos majoritários do país, a CGIL (Confederação Geral Italiana do Trabalho, na sigla em italiano), CISL (Confederação Italiana de Sindicatos de Trabalhadores), e UIL (União Italiana do Trabalho), confirmaram no domingo (11) a greve prevista para esta segunda, visto que não conseguiram chegar a um acordo com o primeiro-ministro.
De acordo com a secretária-geral da CGIL, Susanna Camusso, os sindicatos obtiveram de Monti apenas “um compromisso genérico” de que “levaria em conta” as remodelações solicitadas.
Segundo os veículos de comunicação italianos, o primeiro-ministro reiterou aos sindicatos a necessidade “urgente” de realizar estas reformas diante da grave situação econômica do país.
Pela primeira vez em mais de dois anos, os três sindicatos promoveram juntos uma mobilização contra o plano de ajuste e reformas econômicas no valor de 30 bilhões de euros aprovado no domingo no Conselho de Ministros, cuja principal medida é a reforma do sistema previdenciário.
Antes da aprovação, os sindicatos já haviam rejeitado o novo sistema, que aumenta o tempo de contribuição para se aposentar e eleva a idade mínima de 60 para 62 anos no caso das mulheres e de 65 para 66 entre os homens.
Além disso, o plano congela as aposentadorias superiores a 960 euros ao mês e mantém a correção baseada na inflação para as que estão abaixo desse valor.
A greve desta segunda-feira é apenas a primeira de uma série de mobilizações contra o plano de ajuste promovido pelo Executivo italiano.
Os sindicatos pediram aos trabalhadores que parem nas últimas três horas de seu turno, mas para o setor público e os transportes a greve está programada para 16 de dezembro.
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