A agência de classificação de risco Moody's rebaixou nesta segunda-feira (13/02) as notas da dívida soberana da Itália, Espanha, Portugal, Malta, Eslováquia e Eslovênia, e colocou em perspectiva negativa as da França, Áustria e Reino Unido, que possuem a avaliação máxima “Aaa”.
A revisão para baixo das notas e perspectivas de um total de nove países europeus “reflete a suscetibilidade dos crescentes riscos financeiros e macroeconômicos que emanam da crise da zona do euro”, detalhou a agência em comunicado.
O rating da Itália passa de “A2” para “A3”, o da Espanha se vê reduzido de “A1” para “A3”, e o de Portugal cai de “Ba2” para “Ba3”. Já as avaliações da dívida pública da Eslovênia e Eslováquia foram rebaixadas de “A1” para “A2”, nos dois casos, enquanto a de Malta diminuiu de “A2” a “A3”. A Moody's coloca todas essas notas em perspectiva negativa.
A agência destaca como principal causa das medidas aplicadas nesta segunda-feira a incerteza sobre as reformas institucionais na zona do euro para reformar seu marco econômico e fiscal, assim como as dúvidas sobre os recursos que se tornarão disponíveis para abordar a crise.
A Moody's nomeia também as fracas perspectivas macroeconômicas na Europa, que, segundo a agência, ameaçam os planos de austeridade e as reformas estruturais “necessárias para impulsionar a competitividade de suas economias”.
Por outro lado, a entidade argumenta sua decisão no impacto desses fatores sobre a confiança dos mercados, que prevê que continuará sendo frágil e com “um alto potencial a futuras oscilações para as condições de financiamento de países e bancos sob estresse”.
No caso de Itália, Malta, Portugal, Eslováquia, Eslovênia e Espanha, a Moody's justifica a perspectiva negativa “devido à incerteza sobre as condições de financiamento nos próximos trimestres e o impacto correspondente que possa ter sobre sua qualidade creditícia”.
Quanto a Áustria, França e Reino Unido, os três países com nota máxima – “Aaa” – que tiveram a perspectiva rebaixada de “estável” para “negativa”, a mudança “reflete a existência de um número de pressões creditícias específicas que poderiam exacerbar a suscetibilidade das contas desses países e de seus programas de austeridade”.
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