O presidente da Bolívia, Evo Morales, anulou no sábado (01/01) o decreto que aumentava o preço dos principais combustíveis em até 82%, após a onda de protestos que o país andino viveu nos últimas dias.
A ameaça era de de novas manifestações aconteceriam na próxima segunda-feira (03/01), mas o presidente garantiu que os protestos não serão mais necessários.
“Isto quer dizer que todas as medidas ficam sem efeito. Não existe nenhuma justificativa agora para subir as passagens (de ônibus), para aumentar o preço dos alimentos, nem para a especulação. Tudo volta à situação anterior”, sustentou.
Leia mais:
Morales decreta aumento de 20% nos salários devido a alta nos combustíveis
''Tomar o poder não é construir poder'', diz vice de Evo no BrasilPetrobras ressalta importância do gás boliviano para o Brasil
Partido governista boliviano quer punir cultivo ininterrupto de terras
Longe de casa, mães bolivianas recebem amparo em hospital de São Paulo
Povos indígenas vêm ganhando mais participação na América Latina, dizem especialistas
Morales transmitiu a mensagem acompanhado do seu vice-presidente, Álvaro García Linera, e do chanceler do país, David Choquehuanca, após ter se reunido nesta sexta-feira durante várias horas com suas bases sociais na região de Chapare e com seus ministros em Palacio.
O líder boliviano foi criticado nesta semana pelos sindicatos e movimentos sociais que o acusaram de tomar medidas “neoliberais” e chegaram a pedir a sua renúncia durante suas manifestações.
As mobilizações mais violentas aconteceram na quinta-feira, principalmente na cidade de El Alto, próxima a La Paz, onde até então Morales encontrara uma aliada incondicional.
Novos protestos estavam agendados para segunda-feira, entre eles uma passeata de milhares de mineiros desde o planalto até La Paz, além de uma greve em empresas do setor e um bloqueio camponês em estradas.
Siga o Opera Mundi no Twitter
Conheça nossa página no Facebook
NULL
NULL
NULL