O presidente da Bolívia, Evo Morales, admitiu hoje que a CAN (Comunidade Andina) está divida em relação à decisão da Colômbia e do Peru de firmar acordos comerciais com a União Europeia separadamente.
“A Bolívia não vai negociar o saque de recursos naturais, a privatização dos nossos serviços básicos, muito menos a propriedade intelectual”, comentou o mandatário, aludindo às “diferenças profundas” que impediram um tratado entre seu governo e o bloco europeu. Apesar disso, Morales assinalou esperar que no futuro, “possamos ter coincidências”, ao comentar a relação entre seu país e a União Europeia.
Os acordos entre Colômbia, Peru e UE foram firmados nesta manhã, durante a penúltima reunião da
6ª
Cúpula União Europeia-América Latina e Caribe, que está sendo realizada na capital espanhola, Madri.
Assinados pelos ministros das Relações Exteriores da Colômbia, Jaime Bermúdez, e do Peru, José Antonio García Belaúnde, e pelo Comissário Europeu de Comércio, o belga Karel De Gucht, os documentos visam ao livre comércio.
Também comparecerem à reunião os presidentes da Colômbia, Álvaro Uribe, e do Peru, Alan García — além do primeiro-ministro espanhol e titular temporário da UE, José Luis Rodríguez Zapatero, e os presidente da Comissão Europeia e do Conselho Europeu, José Manuel Durão Barroso e Herman Van Rompuy, respectivamente.
Garzón
Morales se reuniria hoje com o juiz Baltasar Garzón, mas o encontro foi cancelado devido ao fato do magistrado ter sido suspenso de suas funções por investigar os crimes ocorridos durante a Guerra Civil Espanhola (1936-1939) e o franquismo.
Para a Justiça local, com tais investigações, ele teria cometido o crime de prevaricação, ao assumir competências que não tinha.
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