Shira Banki, adolescente de 16 anos que foi gravemente ferida ao ser esfaqueada por um judeu ultraortodoxo durante a Parada do Orgulho Gay em Jerusalém, na quinta-feira (30/07), morreu neste domingo (02/08).
“Recebemos a informação há uma hora de que a adolescente de 16 anos que foi esfaqueada na Parada do Orgulho Gay morreu”, afirmou a porta-voz da polícia israelense, Luba Samri, em um breve comunicado.
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Agência Efe
Jovens acendem velas em tributo a Shira Banki, que faleceu em consequência de ataque homofóbico nesta quinta (31/07)
Banki estava internada no hospital Shaarei Tzedek, onde ingressou na quinta-feira em estado crítico. Outras duas pessoas sofreram lesões graves no mesmo evento, e três de grau leve, que receberam alta do centro médico.
A polícia identificou o autor do ataque de caráter homofóbico como Yishai Shlissel, um ultraortodoxo que havia saído há três semanas da prisão após cumprir uma pena de 10 anos por um ataque idêntico no qual esfaqueou três pessoas.
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Ao longo da investigação deste incidente, a polícia prendeu a mulher de um rabino de Jerusalém que se encontra entre os mais famosos opositores da Parada do Orgulho Gay, para analisar se eles tinham alguma relação com o suposto autor dos crimes.
A suspeita e seu marido negaram qualquer envolvimento com o ocorrido, que soubessem das intenções de Shlissel ou que tivessem algum tipo de contato com ele nos dias anteriores ou no dia do ataque, informa o portal Ynet.
O desfile de Jerusalém, que ao contrário do mais festivo realizado todos os anos em Tel Aviv pretende ser um protesto contra a discriminação da comunidade de lésbicas, gays, bissexuais e pessoas trans na cidade, estava protegido por centenas de policiais e por um helicóptero que sobrevoava a região.
O vasto aparato policial não foi suficiente para impedir a rápida corrida do agressor, que tinha se escondido atrás do muro de um pequeno supermercado, de onde saiu para atacar as vítimas.