O escritor mexicano Carlos Monsiváis, uma das principais personalidades do país, faleceu hoje aos 72 anos, após permanecer dois meses e meio em uma Unidade de Terapia Intensiva de um hospital público.
Segundo fontes oficiais, Monsiváis faleceu às 13h48 locais [15h48 no horário de Brasilia] no Instituto Nacional de Ciências Médicas e Nutrição Salvador Zubirán por problemas respiratórios, que teriam sido ocasionados pela grande quantidade de gatos que tinha.
“Sem meus livros seria impossível viver e sem meus gatos também”, disse uma vez o intelectual em uma entrevista.
Sardônico por natureza, o escritor brincava, inclusive, com a morte, falando que desejava, ao morrer, que suas cinzas fossem espalhadas no Zócalo, a principal praça da Cidade do México. Questionado sobre sua saúde pouco antes de ser hospitalizado, ele afirmou estar bem, “perfeitamente normal”.
Considerado “o cronista da vida cotidiana do México”, Monsiváis era autor de “Días de guardar”, “Amor perdido” e “Castecismo para indios remisos”, entre outros.
O mexicano, reconhecido intelectual, recebeu ao longo de sua carreira diversas distinções como o Príncipe Claus da Holanda, em 1998; a medalha Gabriela Mistral, do Chile, em 2001; e o Prêmio da Feira Internacional do Livro de Guadalajara, de 2006.
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