A derrota eleitoral do dia 28 de junho cobrou novas vítimas no gabinete da presidente Cristina Kirchner. Prestarão juramento nesta quarta-feira (8) o novo chefe de gabinete, os ministros da Economia e de Justiça, Segurança e Direitos Humanos, o secretário de Cultura e o titular da Administração Nacional de Segurança Social (Anses, órgão arrecada fundos de pensões e aposentadorias).
O novo chefe de gabinete de ministros será Aníbal Fernández, em substituição a Sergio Massa. Fernández deixará a pasta de Justiça, Segurança e Direitos Humanos a cargo de Julio Alak, ex-prefeito de La Plata, capital da província de Buenos Aires. Amado Boudou, que chefiava a Anses, será o ministro da Economía no lugar de Carlos Fernández.
As mudanças haviam sido objeto de especulação quase imediatamente após a divulgação do resultado eleitoral desfavorável ao governo. Alguns ministros chegaram a pedir demissão na mesma noite, caso de Aníbal Fernández. “Nem sonhe”, foi a resposta que escutou de Cristina.
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No fim de semana passado, os rumores se intensificaram, mas não parecia que haveria mudanças de imediato, já que com a demissão da ministra da Saúde, Graciela Ocaña, e do polêmico secretário de Transporte, Ricardo Jaime, o governo parecia ganhar tempo.
Na terça, Sergio Massa, ainda na condição de chefe de gabinete, contatou os jornalistas para realizar um anúncio administrativo. Parecia mais um dia normal. Mas durante a tarde, enquanto a presidente despachava antes de viajar para a cidade patagônica de Calafate, em Santa Cruz, onde pensava em descansar no fim de semana prolongado que começa quinta-feira, entrou na sala dela o ministro da Economia. Os detalhes da conversa não foram revelados, mas o resultado foi sua renúncia irrevogável.
Segundo relatou um dos colaboradores mais próximos do chefe de gabinete, quando este ficou sabendo do que se passava, entrou no gabinete presidencial para confirmar sua demissão, cuja intenção já havia manifestado a Cristina días atrás.
Nesse contexto, a presidente decidiu fazer as mudanças. Aos três ministros substituídos, juntaram-se o deputado nacional Jorge Coscia como novo secretário de Cultura e o economista Diego Bossio à frente da Anses.
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