O presidente do Egito, Mohamed Mursi, formalizou neste sábado (29/12) a restituição do Parlamento do país, que havia sido dissolvido pelo governante até a aprovação da nova Constituição egípcia, sancionada nesta semana.
Agência Efe
Mursi disse que a recém-aprovada Constituição abre uma nova época no Egito
Em seu discurso, Mursi defendeu a Carta Magna, que é rejeitada pela oposição, e considerou que sua aprovação em referendo neste mês indica a “finalização da transição, que durou mais do que o necessário, e o começo do renascimento do povo egípcio”.
De acordo com o mandatário, a nova Constituição prevê que “todos os cidadãos são iguais perante a lei” e marca uma época em que “não há tirania, nem discriminação” no país.
Os parlamentares que assumiram seus cargos hoje foram escolhidos por meio da eleição legislativa (180 pessoas) e de indicação de Mursi (90 membros). Os 270 egípcios permanecerão na função até a realização de um novo pleito, que deve ocorrer em fevereiro de 2013.
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O presidente dedicou grande parte de seu discurso para abordar a situação econômica do Egito, que, segundo ele, começa a dar sinais de melhora. Mursi declarou que no primeiro trimestre do ano fiscal 2012-13, que começou em 1º de julho, a economia cresceu 2,6%, frente a 0,3% no mesmo período do ano anterior.
Outro assunto abordado pelo governante foi a crise na Síria. “Não há lugar no futuro para o regime de [Bashar al] Assad.”
Mursi foi exaltado no final de novembro por sua intermediação para o cessar-fogo entre israelenses e palestinos. Poucos dias depois, no entanto, o presidente egípcio anunciou um decreto que aumentava seus poderes e impedia o cancelamento de suas decisões, o que deu início a uma série de protestos no país.
* com agências de notícias internacionais