O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu nesta sexta-feira (19/11) com o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, em Madri, capital espanhola, onde, segundo o petista, discutiram o “enfrentamento ao avanço da extrema direita”.
“Dividimos a preocupação com o tema das mudanças climáticas e a importância da solidariedade entre as democracias no enfrentamento ao avanço da extrema direita”, disse Lula.
Pelo Twitter, o ex-presidente comentou que a conversa falou a “integração europeia e da América Latina, além da importância das relações Brasil Espanha”, afirmando que os líderes conversaram sobre “nossas experiências na construção de políticas públicas de combate à desigualdade”.
O premiê espanhol, por sua vez, disse que ambos os países compartilham “fortes laços estruturais e permanentes em diferentes áreas”. Sánchez também declarou que entre os “vários assuntos de interesse comum”, os mandatários discutiram a situação da pandemia, as mudanças climáticas e a recuperação econômica.
Ainda em Madrid, Lula participa de um seminário sobre “cooperação multilateral e recuperação regional pós-covid-19”. O petista também se encontra com a secretária-geral da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), Rebeca Grynspan, e com trabalhadores espanhóis, representados por confederações sindicais.
Pedro Sánchez/Twitter
Lula se encontrou com Pedro Sánchez na capital espanhola, em Madri, no Palácio da Moncloa
A Espanha é o último dos quatro países europeus nos quais Lula cumpre agenda desde o dia 11 de novembro. Na Alemanha, por onde iniciou a viagem, o ex-presidente se reuniu com vice-chanceler e ministro das Finanças da Alemanha, Olaf Scholz, vitorioso nas eleições legislativas deste ano e provável sucessor de Angela Merkel.
Na segunda-feira (15/11), em Bruxelas, na Bélgica, o ex-presidente brasileiro discursou no Parlamento Europeu. Ao falar na Conferência de Alto Nível da América Latina, ele disse que o Brasil vive uma “tragédia sem precedentes” desde que Jair Bolsonaro chegou ao poder, listando uma série de condutas que chamou de “atitudes criminosas” do governo durante a pandemia do novo coronavírus.
Já na França, na terça-feira (16/11), Lula almoçou com a prefeita parisiense Anne Hidalgo e discursou à noite no Instituto de Estudos Políticos de Paris, 10 anos após receber o título de Doutor Honoris Causa da instituição. No dia seguinte, ele foi recebido, com protocolo reservado a chefes de Estado, pelo presidente do país, Emmanuel Macron, que é por sua vez um desafeto de Bolsonaro.
Tanto Scholz quanto Macron estiveram na cúpula do G20 em Roma, em 30 e 31 de outubro, mas não fizeram reuniões bilaterais com o presidente brasileiro Bolsonaro.
(*) Com Ansa.