Mais de 50 tremores de terra foram registrados até esta quarta-feira (30/05) na região de Emilia-Romana, no Nordeste da Itália. Em consequência do terremoto de ontem, de 5,8 graus na escala Richter, 23 pessoas morreram e 14 mil ficaram desalojadas, de acordo com dados das autoridades italianas. Nesta manhã, por volta das 8h (3h em Brasília), foi registrado um terremoto de 3,8 graus na escala Richter na província de Modena, considerada a capital do vinagre balsâmico.
Os bombeiros, policiais e voluntários ainda trabalham nas buscas por sobreviventes e vítimas. Eles passaram as noites nos locais em que prédios públicos e privados desabaram. Especialistas disseram que muitas pessoas morreram devido ao desabamento de prédios cujas estruturas físicas não resistiram aos tremores.
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Há nove dias, o Norte e o Nordeste da Itália são alvos de terremotos frequentes. O mais intenso deles ocorreu no dia 20, quando seis pessoas morreram e várias se viram obrigadas a deixar suas casas.
As áreas mais atingidas, de acordo com as autoridades italianas, são Mirandola, Medolla, Cavezzo, Crevalcore e San Felice sul Panaro. Os abrigos públicos foram montados em campos e jardins. Em Modena, o presidente da Assembleia, Giorgio Pighi, autorizou a abertura dos parques durante à noite para que servissem de abrigos.
Perante estes números, os sindicatos italianos acusaram as empresas de terem forçado a volta ao trabalho aos empregados em estruturas que podiam ter sido danificadas pelo terremoto registrado no último dia 20 de maio.
A procuradoria de Modena abriu uma investigação para esclarecer a derrubada dos edifícios e das fábricas, muitas delas de construção recente.
Quando a terra voltou a tremer ontem, a região de Emilia Romanha ainda não havia se recuperado do terremoto de 20 de maio, que causou sete mortes e deixou mais de seis mil desabrigados e grandes danos tanto na indústria, como na agricultura e no patrimônio artístico do país.
Agora o principal problema é dar assistência às quase 14 mil pessoas que não podem voltar às suas casas e dormem em barracas de campanha ou em vagões de trens.
*Com informações da Efe e da Lusa.